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31 outubro 2017

Está na altura do "check in" semanal para registo de peso. Oitava semana em manutenção, com tudo a correr bem e sem novidades. Como este teria potencial para ser um post terrivelmente monótono se fosse mais um "check in" normal, decidi fazer um "check in" diferente... vamos a mais um "post da mailbox do Dantares". :P Just in case, não dou garantias de que não vá também ser terrivelmente monótono. :p

A mensagem que recebi desta vez perguntava algo na onda de "O meu peso estagnou! Como é que dou a volta ao problema?". Sim, vamos falar sobre os plateaus (ou planaltos) de peso - aquelas situações chatas em que queremos baixar mais um pedaço, mas a balança não se mexe - e de como eu abordaria a questão (e vai ser uma resposta mais longa do que a que dei ao utilizador em questão, porque vou abordar outras hipóteses).

Antes de prosseguir, uma nota importante: eu não tive problemas com estes planaltos. A minha abordagem foi no sentido de prevenir o seu aparecimento, e não de o combater (com excepção de alguns que induzi propositadamente, para experimentar coisas relacionadas com a manutenção e transição). Por isso, a minha experiência pode ser um pouco diferente de quem os encontra sem estar a contar com eles.

Para começar, a primeira questão é: estão mesmo num plateau? O nosso peso varia durante o dia, e essa variação pode chegar a 1 kg... por isso, basta pesarem-se em circunstâncias diferentes, para parecer que não saem do sítio, quando afinal estão a evoluir. A primeira verificação a fazer é se estão a controlar o peso exactamente nas mesmas condições (mesma hora, mesma distância das refeições e exercício, etc).

Outro detalhe importante tem a ver com as nossas balanças. Na maioria dos casos, o valor mínimo da escala é de 100 gramas. Logo, é possível que estejam a perder peso, mas ainda não está visível na balança (100g são um défice calórico de quase 800 KCal). Se for esse o caso, basta esperar mais um pouco e o peso irá baixar. Podem sempre tentar acelerar um pouco, fazendo ajustes no vosso défice calórico - por exemplo, baixem 50/100 Kcal durante uns 4/5 dias por semana e subam nos restantes (isto também tem o benefício de variar a amplitude do intervalo de calorias, que é algo que vamos abordar mais à frente).

A segunda questão que devem considerar é: as vossas necessidades calóricas estão actualizadas? Não se esqueçam que, à medida que perdem peso, e assumindo que mantêm o nível de actividade, as vossas necessidades calóricas irão diminuir. Isto pode implicar que aquele valor que permitia um défice calórico há 5 ou 10 kg atrás, agora serve apenas para manter. Por isso, se não fizerem re-avaliações frequentes das vossas necessidades calóricas (e eu recomendo que façam), esta é uma óptima altura para o fazer. :p

Já agora, há uns tempos atrás escrevi uns posts sobre necessidades calóricas, pode ser que também considerem interessante consultá-los no âmbito deste tema:
- Estimar as nossas necessidades calóricas:
https://www.fatsecret.pt/Default.aspx?pa=memnd&id=80074255
- Sugestão para estimar quantas calorias ingerir por dia:
https://www.fatsecret.pt/Default.aspx?pa=memnd&id=80152987
- Reviews e processo de melhoria contínua (relacionado com actualização das necessidades calóricas):
https://www.fatsecret.pt/Default.aspx?pa=memnd&id=80417452

A terceira questão que podem colocar é se estão mesmo a contabilizar correctamente as calorias. Por vezes pode-se achar que estamos num défice calórico, mas na realidade estamos acima do previsto devido a um erro no cálculo ou estimativa das calorias. Confirmem se estão a contabilizar tudo (incluindo molhos e temperos, que muitas vezes são "ignorados" na contagem, mas cujo impacto não é negligenciável). Verifiquem também se estão a aplicar estimativas em alguns alimentos, e se essas estimativas não são demasiado optimistas. Pode haver um erro nos cálculos e estão no valor de calorias para manutenção, em vez de estar num défice calórico.

A quarta questão, e este foi um dos métodos que usei para prevenir este problema: estão a variar o vosso intake calórico? Se estiverem sempre no mesmo número de calorias (ou num intervalo muito pequeno), o vosso corpo irá habituar-se a esse valor, e o vosso metabolismo irá abrandar um pouco. Isto pode acabar por fazer com que o vosso valor de necessidades calóricas diminua, o que também diminui o défice calórico e afecta os resultados. Eu resolvi isto do meu lado com o planeamento de intervalos calóricos diários com alguma amplitude. Ou seja, em vez de o objectivo ser um valor, defini um mínimo e um máximo, e a única preocupação era estar dentro desse intervalo. Para "misturar" mais as coisas, juntei 3 dias de "boost", em que tinha um máximo mais elevado, o que mexia ainda mais as coisas. Assim, nunca havia o risco de habituação a um valor de calorias.

Numa nota adicional, esta é uma táctica que ainda hoje uso, apesar de estar em manutenção. Há dias em que fico abaixo do valor de manutenção, outros em que fico acima, e o resultado acaba por equilibrar - e não deixa o metabolismo "habituar-se" a um valor. Isto também é útil para quem está em manutenção (onde, em teoria, um plateau é um objectivo :p), porque assegura que o nosso metabolismo não começa a abrandar, o que faria com que o valor de necessidades calóricos de manutenção também baixasse. Logo, é bom manter algum dinamismo. :)

Bem, e já vamos na quinta questão: o vosso intake calórico não é demasiado baixo? Sim, parece um contra-senso, mas por vezes aumentar as nossas calorias pode ajudar a ultrapassar um destes bloqueios. E isto, mais uma vez, tem a ver com o abrandamento do metabolismo. Tipicamente, se nós baixarmos de metade das nossas necessidades calóricas diárias, o metabolismo abranda e esse abrandamento pode chegar a 25%. Logo, a tendência que normalmente há de baixar o intake calórico para ultrapassar um destes bloqueios pode acabar por ser contraproducente (se esse intake calórico já for baixo), já que resultará em abrandamento do nosso metabolismo. Para evitar cair neste risco, o mínimo calórico é algo que deve ser cumprido "religiosamente": não fiquem abaixo desse valor. E, idealmente, dêem alguma margem de segurança. Se estiverem com um intake calórico demasiado baixo, subam-no lentamente.

Sexta (e última) questão: estão mesmo numa situação de bloqueio, ou o vosso corpo está a dizer que já atingiram o peso ideal? :p Por vezes, torna-se difícil perder peso simplesmente porque não vale a pena perder mais peso. Se ainda estiverem acima do vosso objectivo, mas estão numa situação confortável de manutenção do peso, e parece-vos que a nível físico também estão bem, considerem a hipótese de alterar o vosso objectivo. Se já estão no peso ideal e não vão tirar benefícios de continuar a baixar, manter o peso que têm pode ser a melhor decisão.

Agora que terminámos as questões, um último conselho: não considerem estes planaltos como sendo algo desesperante e assustadoramente negativo. :p Como referi, eu cheguei a induzi-los propositadamente, para fazer testes de manutenção - e foi bastante útil. E, à medida que se aproximarem dos vossos valores de manutenção, o vosso ritmo de perda de peso será mais lento (assumindo que estão a planear adequadamente a transição :p)... pelo que aumenta a possibilidade de estarem perante um "falso plateau". Não desesperem se parecer que estão bloqueados, há várias coisas que podem fazer para resolver o problema - e, também, várias coisas que podem fazer para evitar que ele surja. :p

O texto ficou ainda mais longo do que eu previa... se calhar as calorias que gastaram a ler já resolveram o vosso plateau. :p

30 outubro 2017

A "compra por impulso" desta semana foi um pouco diferente da compra da semana passada. Em vez de iogurtes, fui para a máquina de pipocas do Continente. :p

A máquina é um modelo bastante comum, feito pela Nostalgia Electrics. Em Portugal, já a vi à venda sob duas ou três marcas diferentes. Pertence à categoria das "air poppers", pelo que funciona só com recurso a ar quente. Isto foi um motivo fundamental na minha opção, porque queria algo que permitisse fazer pipocas de maneira saudável (e baixa em calorias), e de forma rápida e simples - sem ter de usar óleo ou sem todos os "extras" que as pipocas para micro-ondas têm.

Como referência, aquilo que eu considero uma dose individual (uma taça de cereais cheia de pipocas, com as pipocas a pesarem uns 15g/20g) tem cerca de 50 KCal. Isto assume, claro, que não estragam a característica low-cal deste snack através da adição de açúcar, caramelo, manteiga ou similares. :p Dentro da categoria dos snacks, é uma opção óptima.

Quanta à máquina, é simples de usar. Coloca-se o milho na tampa, que serve de medidor. Deita-se na máquina e coloca-se a tampa no sítio. Coloca-se uma taça por baixo da saída. Carrega-se no botão. Dois minutos depois, temos uma taça grande de pipocas (eu diria que dá para umas 4 doses individuais).

Ou seja, pela positiva, é uma máquina simples de usar, faz uma quantidade razoável de pipocas em 2 minutos e, no final, é simples de limpar (basta passar um pano para não ficar nada na câmara de ar quente).

No entanto, tem três pontos negativos importantes. O primeiro é o ruído, que é semelhante a um secador. O segundo prende-se com a quantidade de milho por rebentar que sai da máquina... diria que uns 20% dos grãos saem sem rebentar (eu resolvo o problema deixando-os para a próxima vez). O terceiro problema, e mais chato, tem a ver com as pipocas "poltergeist" (e é uma falha de design tão grande que vai ter direito a parágrafo separado :p).

Ocasionalmente, há pipocas que saem da máquina a "meio do processo", e acabam por rebentar na taça. E isso faz com que saiam pipocas a voar por todo o lado. Na primeira utilização que fiz da máquina, isso aconteceu umas 3 ou 4 vezes, pelo que acabei a ter de recolher pipocas que estavam espalhadas um pouco por toda a cozinha (não eram muitas, mas eram suficientes para ser irritante). Para dar a volta à questão, apliquei um "workaround" simples: enquanto a máquina faz as pipocas, seguro um wok por cima da taça e as pipocas acabam por ressaltar aí e voltam para a taça - e já não tive pipocas espalhadas pela cozinha. :p No entanto, é um ponto bastante negativo não haver uma solução simples já incluída com a máquina (bastava terem incluído uma taça com o formato certo). Ainda hei-de ver se encontro uma taça com o formato necessário... mas, para já, o "wok hotfix" vai funcionando. :p

Uma última nota de utilização tem a ver com o cheiro. No início fiquei um pouco preocupado, porque sente-se um cheiro a queimado durante alguns segundos, mas depois vai sendo substituído pelo cheiro normal de pipocas acabadas de fazer. Não sei se aquele cheiro a queimado por alguns segundos é por serem as primeiras utilizações ou se é mesmo "feitio".

Em resumo... é uma solução simples e rápida para termos rapidamente um snack saudável? Sim. É uma solução sem defeitos? Claramente que não. O mais irritante é mesmo a questão das pipocas "poltergeist", que irrita especialmente porque é algo que seria facílimo de resolver. Não estou a pensar trocar porque, pela pesquisa rápida que fiz, a maioria das "air poppers" são iguais (e, com a aplicação do "workaround", é uma solução rápida para ter pipocas de forma saudável)... mas não foi uma compra que me deixou totalmente satisfeito.

Agora vamos ver se lhe continuo a dar uso ou se, daqui por um mês, é algo que já está esquecido na prateleira. :p

30 outubro 2017

Peso: Perdidos até agora: Ainda faltam: Dieta cumprida:
60 kg 27,9 kg 0 kg Razoavelmente Bem
   Adicionar Comentário peso estável

27 outubro 2017

Esta semana troquei umas mensagens com outro utilizador, e um dos temas foi o peso ideal. Esta é uma questão relativamente comum, pelo que achei que poderia ser interessante deixar a minha opinião sobre o tema. :) Sim, vem aí mais um post enorme do Dantares. :p

A medida habitualmente mais usada para saber se estamos num intervalo de peso saudável é o IMC (Índice de Massa Corporal). O IMC é calculado de forma muito simples, bastando dividir o peso (em kg) pelo quadrado da altura (em metros). O resultado irá encaixar num dos seguintes intervalos:
Inferior a 18.5: abaixo do peso saudável
Entre 18.5 e 24.9: peso saudável
Entre 25 e 29.9: excesso de peso
Superior a 30: obesidade

Para uma estimativa inicial, o IMC é uma ferramenta útil. No meu caso, por exemplo, ver o IMC no intervalo de obesidade foi um dos motivos para dizer "basta!" e iniciar a dieta que me levou até ao peso ideal. Mas... tem várias limitações.

A primeira grande limitação é que o IMC apenas leva em consideração o peso e a altura. Isso significa que há imensos outros factores importantes para definir o peso ideal (e até mesmo o peso saudável) que são ignorados - massa muscular e massa óssea são os mais óbvios. A segunda grande limitação, do meu ponto de vista, é o intervalo gigantesco. No meu caso, o meu intervalo de peso saudável, pelo IMC, varia entre 54.5 e 70.5 kg. São mais de 15 kg de diferença! Com 55 kg, eu ficaria demasiado magro, e com 70 ainda estaria com peso a mais. Logo, embora estivesse dentro do intervalo de peso saudável, os extremos ainda me deixavam longe do peso ideal.

Aposto que alguns já estão a pensar "Ok, Dantares, mas... se os extremos deixam-te longe do peso ideal, que tal apostares no meio?". :p E, na realidade, é uma boa hipótese de ter uma estimativa mais próxima da realidade na maioria dos casos. O ponto intermédio do intervalo saudável é 21.5. Para calcular o peso correspondente a um valor de IMC, basta multiplicar esse valor pelo quadrado da altura (em metros). No meu caso, isso significa que o ponto médio está nos 62.9 kg. É uma estimativa bastante próxima do que considero ser o meu peso ideal, os 60 kg.

Uma outra abordagem passa pelo recurso a uma das fórmulas de cálculo do peso ideal (e esqueci-me de mencionar isto na troca de mensagens que me levou a este texto... sorry! :p). Existem várias: Devine, Robinson, Hamwi, Miller... e mais umas quantas. A maioria delas assentam num princípio semelhante: o resultado dá o peso que vocês precisariam para atingir um determinado IMC. O que vai variando é o valor do IMC. Tipicamente, na maioria destas fórmulas, para homens os valores-alvo variam entre os 22 e 23, e para mulheres variam entre 21 e 22. Isto significa que são úteis para contrariar a segunda limitação que vejo no IMC (ficam com um valor, em vez de um intervalo gigante), mas continuam com as limitações da primeira (apenas levam em consideração a altura e o peso). Já agora, nota histórica aleatória, a mais popular (fórmula de Devine) inicialmente foi criada para estimar dosagens de medicamentos, e não para calcular o peso ideal. :p

No meu caso, devido às memórias dos "dias magros", eu já tinha uma ideia que o tal valor médio do intervalo deixava-me um pouco acima do peso ideal. Por isso, decidi apontar para um pouco abaixo, e fixei o alvo nos 60 kg. Para quem não pode usar essa "batota", uma alternativa é definir um alvo que calhe num dos valores medianos do intervalo saudável do IMC (seja recorrendo a uma das fórmulas existentes ou indo para a "fórmula Dantares" e apontar para o 21.5, que fica mesmo no meio :p). Definem esse alvo e estabelecem o vosso plano com base nisso. E, depois, aplicam uma das regras mais importantes do desenvolvimento de software: os planos existem para ser melhorados. :p Não considerem o alvo como sendo algo "escrito na pedra"... se virem que já estão bem e ainda faltam uns kg para o objectivo, considerem a hipótese de parar aí. Por outro lado, se já chegaram ao alvo e ainda não estão contentes, não tenham problemas em estabelecer novo objectivo. O vosso plano inicial serve como guideline de partida, mas pensem sempre em melhorá-lo e não tenham problemas com fazer alterações. Outra regra fundamental do desenvolvimento de software: "embrace change"! :D

Para terminar, não se esqueçam que todos estes cálculos fornecem apenas estimativas. A melhoria constante, reavaliação dos resultados e adequação à vossa situação são fundamentais!

Espero que isto seja útil! :)

P.S. - fica aqui um link para uma calculadora que possui as principais fórmulas: https://goo.gl/Y8Symt

P.P.S. - e mais um link, desta vez para uma tabela de IMC: https://goo.gl/vtzy74

25 outubro 2017



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