Para que serve o colesterol? O colesterol é produzido pelo fígado e é vital para o corpo humano. Serve para fazer hormonas, ácidos biliares para digerir gordura e faz parte da estrutura de todas as células do corpo. Sem colesterol, morreríamos. Claro que já ouviste falar do chamado "bom" (HDL) e "mau" (LDL) colesterol. Esquece isso! Colesterol é colesterol. O colesterol não é solúvel em água e por isso precisa de boleia para ser transportado. É precisamente para isso que servem as lipoproteínas: para transportar o colesterol. São os 'táxis' que percorrem a corrente sanguínea: as LDL transportam o colesterol do fígado para a corrente sanguínea mas se houver muitas LDL no sangue, algum desse colesterol fica para trás à medida que os 'táxis' percorrem o caminho. As LDL contém poucas lipoproteínas e uma grande quantidade de colesterol. As HDL, são também são 'táxis' de colesterol mas a diferença é que são mais densos, ou seja a proporção de proteína é maior que nas LDL e transportam pouco colesterol. É chamado de "bom" porque apanha o colesterol que as LDL deixaram para trás, tranportando-o de volta para o fígado. O "colesterol alto" é um argumento de venda para impingir estatinas, o medicamento mais vendido no mundo inteiro. Se o médico te disser que tens o colesterol alto, isso quer dizer que provavelmente tens um colesterol normal. O que não nos ‘safa’ a todos. A aterosclerose é a principal causa de doenças cardiovasculares. Durante a fase inicial da doença, o revestimento das artérias inflama-se o que causa a acumulação de plaquetas e consequentemente a formação de depósitos de cálcio nas suas paredes, e com o passar dos anos as artérias ficam duras, estreitas e com tendência para abrir feridas. Isso leva a problemas como a obstrução do fluxo sanguíneo. Invertam a perspectiva: a aterosclerose não é a causada pelo LDL elevado "per se" > é causada pela calcificação nas artérias > que é causada pela inflamação > que é causada pela hiperinsulinemia > que é causada pelo excessivo consumo de hidratos de carbono ao longo de décadas. Resumindo, sem um contexto de inflamação crónica, os números do colesterol são irrelevantes.
